Há sempre um motivo que nos move e nos leva a visitar um café sempre que viajamos ou nos encontramos numa nova zona da nossa cidade. Acabam por ser pontos de encontro de pessoas que procuram de lá trabalhar, lanchar, encontrar amigos que há muito não viam, fazer uma reunião de trabalho ou mesmo ir sozinho, redescobrir-se e perder-se nos aromas da lugar que vão desde um cheiro delicioso de pão acabado de cozer até o aroma espetacular de café, dando-nos a sensação de estarmos em casa.
Agora, também é verdade que com o passar do tempo esses lugares também se tornaram bastante visitados quer por influenciadores, e por trás deles, seus seguidores que querem tirar a mesma foto que eles e no final se tornarem virais nas redes. Então não seria estranho esbarrar em influenciadores do porte de Dulceida, Maria Pomboou Alexandra Pereira, tendo um brunch neles enquanto a arquitetura do lugar nos leva de volta à Bellé Époque onde esses lugares eram centros nevrálgicos das sociedades literárias e artísticas.
É por isso que em nosso artigo de hoje trouxemos para você uma pequena lista daqueles cafés que são considerados os mais bonitos, seja por sua história ou por sua composição arquitetônica. São lugares que acabam por se tornar tesouros de cidades onde o tempo parece ter parado. Você se atreve a descobri-los?
Localizado no Hotel Boscolo na cidade de Budapeste, este é talvez um dos cafés mais bonitos do mundo, e a sua popularidade começou a adquirir a partir do período entre guerras quando Budapeste se tornava um dos mais importantes centros culturais do mundo inteiro. Seu estilo data do século XIX, com tetos altos, luminárias suspensas e decorações douradas nas colunas. Também costumava ser um ponto de encontro para artistas, políticos e escritores da época que viajavam para a Europa comunista para se inspirar e agora, ironicamente, é um dos cafés mais caros que você pode encontrar na cidade. Sua especialidade, bolos húngaros e chocolate com creme.
Um café que preserva em cada um dos seus recantos cerca de 300 anos de histórias, lendas e as ocasionais anedotas de personalidades que por ele passaram. Está localizado em nada mais e nada menos que Plaza San Marcos, seu fundador Floriano Francescomni nunca imaginou que seu café adquiriria tamanha relevância ao longo dos anos e personalidades como: Charles Chaplin, Andy Warhol ou Audrey Hepburn. Além disso, durante várias tentativas de invasão da França e da Áustria, o café sempre soube preservar sua essência. Este café está dividido em várias salas: Os Chineses, Orientais, Homens Ilustres, Estações, entre outros. Estão todos decorados com retratos a óleo, espelhos pintados à mão e outras obras de arte contemporânea. A receitadora de Moda Alexandra Pereiranão podia deixar os seus seguidores curiosos para saber se ela tinha tomado um café neste mítico ponto da cidade.
O ponto de encontro de figuras intelectuais do século XIX, junto à Place de l'Opera, além de ser um café e um ponto turístico, há uma grande história que é em parte o que a torna grande. Oscar Wilde, Marlene Dietrich, Guy de Maupassant entre outros costumavam frequentar este lugar. Além disso, o café ainda testemunhou a marcha das tropas francesas durante as duas guerras mundiais, sempre manteve a mesma imagem com renovações pontuais para manter este espaço tão querido pelos parisienses como por quem visita a cidade das luzes.Café de la Paix mantém sempre aquele ambiente enfeitado com toldos verdes e as suas cadeiras situadas na periferia, se não nos diga Maria Pombo, bem isto é num só de seus lugares favoritos
Localizado na 'Piazza Trieste e Trento', foi criado em 1860 também frequentado por Oscar Wilde, Ernest Hemingway, Oscar Wilde e Sartre. Ele sempre reuniu artistas e intelectuais ao seu redor por muito tempo. Decorado no interior com afrescos e estátuas no estilo modernista da época. Apesar de ter sido há alguns anos ponto de encontro de gente nobre, hoje se pratica deixar o café pendente. Ou seja, deixar um café pago para quem não tem dinheiro para pagar um café.
Um edifício do tipo art déco que data do início do século XX, os seus tectos decorados com mosaicos e grandes paredes e janelas com vista para a cidade de Praga. Este lugar era um dos redutos favoritos de Kafka e também foi frequentado por tropas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial e posteriormente ocupado por movimentos sindicais. Seus tetos e seu bolo de tâmaras são a principal atração.
Com decoração neo-renascentista construída pelo arquiteto Heinrich Von Ferstel, é um dos lugares mais elegantes da capital austríaca. Foi construído no final do século XIX, frequentado por Freud e outros intelectuais, que se tornaram um centro nevrálgico do café na capital austríaca. Por seus corredores passaram personagens da história, como Hitler, Tito, Trosky e Stalin. Suas colunas nos lembram a época imperial, um estilo que não mudou desde então. Quem visita recomenda experimentar o bolo sacer com natas e o café de onde vem.
Da fachada ao interior, inspira-se na Belle Époque parisiense, factor que a levou a mudar o seu nome de 'Elite' para Majestic. Tem um jardim de inverno onde as pessoas podem tomar um café e ler um livro, e curiosamente desde 1921, foi o primeiro café a permitir a entrada de mulheres.
O lugar onde arte e literatura se encontram em Paris. Um dos cafés com mais lendas e histórias de Paris, localizado em Saint-Germain-des-Prés, foi o ponto de encontro de personalidades como Sartre, Hemingway, Picasso e Beauvoir. Era um antiquário que com o tempo se tornou um café literário, tanto que em 1922 foi criado o Prix des Deux Magots. Desde então mantém a sua decoração inicial, para além do facto de terem sido preservadas duas das figuras que deram origem ao seu nome, duas figuras chinesas. Os garçons vestidos de preto com aventais brancos, passeando entre as mesas com chocolate quente e macarons, decoração tipo imperial fazem deste lugar uma experiência, senão conte-nos Dulceida, que toda vez que visita a capital francesa tem seu brunch neste lugar.
Considerado patrimônio cultural e artístico do Brasil, este café é uma das renomadas casas comerciais e de história urbana de uma das cidades mais metropolitanas do mundo: o Rio de Janeiro. Esta cafetaria foi fundada em 1894 por migrantes portugueses que obedeceram à sua influência da Belle Époque e a sua decoração obedece ao estilo Art Nouveau, adornada com grandes cristais e espelhos que enfeitam os corredores do segundo piso tem uma sala de chá e oferece no seu menu um grande número de sobremesas cariocas e um bom café.
Localizado na Rua Garret na capital portuguesa fundada em 1905, foi o local de inspiração para o poeta português Fernando Pessoa, hoje faz parte do património cultural de Portugal, lá o famoso bolo de Belém junto com um café forte chamado pica, cujo grão vem do Brasil . Se não, deixe a influencer Laura Escanes contar-nos que numa das suas viagens a Lisboa ficou maravilhada com este lugar mágico.